quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Influenza Eqüina

A influenza eqüina é uma doença causada por um vírus e transmitida por contato direto entre os animais doentes e sadios. Ela também é conhecida como gripe ou tosse cavalar e assemelha-se à gripe humana e é comum onde há aglomeração de animais. Além dos eqüinos, são sensíveis também os asininos e muares. Esta doença é altamente contagiosa e ataca, principalmente, animais com menos de 5 anos e aqueles trazidos do campo para a cocheira.

SINTOMAS - Produz febre, calafrio, respiração acelerada, perda de apetite, lacrimejamento, corrimento nasal, e ocular, inflamação da garganta, primeiro prisão de ventre depois diarréia fétida, tosse. Os garanhões podem apresentar orquite e o vírus se encontra no sêmen muito tempo depois. É freqüente o aparecimento de edemas nas partes baixas e a presença de catarros nas vias digestivas e respiratórias. São contagiosas as secreções nasais, a urina, fezes, por isso os animais devem isolados, protegidos para evitar complicações. O contágio também pode ser por via indireta através da água, alimentos e objetos contaminados.

Nos casos simples os animais se recuperam de 1 a 2 semanas. As perdas em conseqüência de mortes são pequenas e, geralmente ocorrem devido às complicações (infecções secundárias como: peneumonia, enterite, degeneração do coração, fígado, etc.), porém, os prejuízos que causa por incapacitar os animais doentes para o trabalho são grandes.

PROFILAXIA - Isolamento dos doentes e manter, os animais recém-adquiridos, em quarentena.

TRATAMENTO - Proporcionar ao animal doente repouso absoluto protegido contra correntes de ar e provido de boa cama e alimentação nutritiva e de fácil mastigação e água limpa. Quando há complicações, usar medicamentos à base de sulfanilamida e antibióticos associados e de largo espectro de ação. Toda medicação deve ser dada com a orientação de um médico veterinário.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cólica Eqüina

As cólicas são resultantes de doenças do aparelho digestivo ou de outros órgãos e, são classificadas como verdadeiras e falsas.

As cólicas verdadeiras são causadas por doenças dolorosas do estômago e intestinos, com defecação anormal.

As falsas cólicas são oriundas de enfermidades do peritônio, baço, rins, órgãoes internos, assim como de doenças infectuosas ou intoxicações alimentares.

Como o cavalo tem um estômago pequeno, que exige rações frequentes e pouco volumosas, a maioria dos casos de cólicas tem origem em uma irregularidade na alimentação. Os ataques de cólicas surgem como conseqüência de alterações bruscas na qualidade de alimentos, irregularidade na distribuição da ração, alimentos finamente moídos, refeição imediatamente antes da entrada no trabalho e abeberamento depois da refeição e alimentos deteriorados.

SINTOMAS - existe dois tipos de cólica: a espamódica e a flatulenta.
  • °Espamódica - a dor é contínua, de maneira que, entre os ataques, o cavalo pode mostrar aparência normal. Durante o ataque, os principais sintomas são os seguintes: o animal deita-se e levanta-se; retorce-se no solo; dá cabeçadas na barriga; dá patadas e traspira profundamente; apresenta a boca seca e conjuntiva injetada; à medida que o mal progride, os períodos de calma vão se tornando mais curtos e os espasmos mais intensos.
    °Flatulenta - que resulta da distensão do estômago ou intestino pelos gases produzidos em excesso pela fermentação dos alimentos, mostra estes sintomas: dor contínua, porém, pouco intensa; o abdome apresenta-se distendido e o animal muda constantemente de posição, com vontade de deitar-se mas com medo de fazê-lo.


TRATAMENTO - o tratamento da cólica é feito com a finalidade de eliminar a causa e aliviar a dor. O animal deve ser colocado numa baia, sem comida. Em seguida o médico veterinario deve ser comunicado para que possa aplicar a medicação correta.

Dentição e Idade

Os dentes são elementos principais pra conseguir determinar, com segurança, a idade aproximada, dos cavalos.

A avaliação da idade é importante pois, muitos animais não tem registro oficial e, são negociados a base da idade aproximada.

O cavalo adulto possui 40 dentes e a égua 36, normalmente, assim distribuidos:

12 incisivos
6 superiores
6 inferiores
4 caninos, em geral ausentes na fêmea
24 molares distribuidos igualmente nas duas arcadas.

O potro, macho ou fêmea, apresenta apenas 24 dentes, todos caducos.

12 incisivos
12 molares
Esqueleto da queixada do cavalo



Os dentes de leite são menores e mais brancos que os dentes permanentes e possuem um colo ou linha de estrangulamento em seu terço médio.











Com o desgaste, devido à mastigação, os dentes também mudam seu arco incisivo que, visto de perfil, é arredondado no animal jovem e vai se tornando alongado à medida que o animal envelhece.





Arco Incisivo visto de perfil





Os dentes e suas respectivas idades















Neste período, poderá se notada novamente a "cauda de andorinha" e caracteriza-se também pelo nivelamento de todos os incisivos. A partir daí então, os dentes vão se tornando biangulares e fica cada vez mais difícil calcurar a idade do animal.




terça-feira, 10 de agosto de 2010

Casco

O casco é o estojo córneo que recobre a parte terminal do membro locomotor do cavalo. O anterior é maior e mais oblíquo que o posterior.

O casco é uma parte insensível que tem a denominação de escudo do pé e indica que esta função protetora necessita de uma completa estrutura anatômica para que, por muito tempo, atenue as pressões e reações



1. bordalete períoplo (coroa)
2 .taipa
3 .pinça
4 .ombros
5 .quartos
6 .talão






Os eqüídeos também utilizam os cascos como meio de defesa. Seus golpes são potentes e rápidos. Um detalhe que todo criador deveira saber é que o cavalo, ao escoicear, o faz tão somente para trás e nunca para os lados (como ocorre com os bovinos), isto devido à existência do "ligamento acessório", que não permite a movimentação lateral dos membros posterios dos cavalos.

CASCO VISTO PELA FACE PLANTAR


1 glumas (bulbos do casco)
2 lacunas laterais
3 talões
4 barras ou arcobotantes
5 quartos
6 ramos da sola (palma)
7 limite posterior dos ombros
8 linha branca
9 sola
10 pinça
11 ponta da ranilha (vértice da ranilha)
12 bordo inferior da parede, tampa ou muralha (bordo basal da parede)
13 ranilha
A - ângulo
LM - sulco da ranilhas

VISTA INTERNA E LATERAL DO PÉ

1 1ª falange
2 tendão do exteensor lateral
3 falange
4 rodete (coroa)
5 períoplo
6 parede ou muralha
7 tecido querafiloso
8 tecido podofiloso
9 3ª falange
10tecido aveludado
11 trasversohióideo
12 ligamento interósseo
13 ranilha
14 coxim plantar
15 osso navicular
16 fundo de saco posterior da pequena bainha sesamóideana
17 fundo do saco posterior da sinovialarticular do pé
18 fundo de saco inferior da grande bainha sesamóideana
19 tendão flexor profundo
20 ligamento sesamóideano


BELEZA DO CASCO OU PÉ - Podem ser considerados quanto ao volume, à forma, à qualidade da matéria córnea e aos aprumos.

VOLUME - O pé deve ser relativamente volumoso, porém o seu tamanho depende da raça e do tamanho do animal.

FORMA - O casco dever ser simétrico e ter as partes anterior e inferior mais largas; a pinça deve ter o dobro do comprimento dos talões e formar um ângulo de cerca de 50º com a horizontal; o períoplo, reto e inclinado de diante para trás; a face plantar, larga; sola côncava; ranilha volumosa, bem feita, elástica e forte; lacunas largas e bem acentuadas.

QUALIDADE DA MATÉRIA CÓRNEA - A matéria córnea do casco deve ser escura, rija e dotada de certa elasticidade, apresentando superfície lisa, íntegra e brilhante. Na ranilha, deve ser mole, elástica e forte.

OS CASCOS DOS POTROS - o potro recém-nascido possui um casco pontudo, estreito, muito mole e com a base coberta com um invólucro delicado e córneo. Este, porém, cai em poucos dias e o desenvolvimento do verdadeiro casco se inicia.

Quando o potro tem 3 meses de idade, pode-se começar a usar uma faca própria para o preparo do casco. O exame freqüente dos cascos dos potros e a manutenção deles sempre limpos e aparados irá ajudar muito para um perfeito desenvolvimento. Os animais jovens também devem se exercitar bastante em terrenos secos, pois os cascos irão se formando de modo uniforme, podendo ser necessário apenas, ocasionalmente, raspar e arredondar as bordas da pinça a fim de se evitar quebras da parede.

Quando os potros permanecem na baia por muito tempo, não gastam seus cascos e, nesses casos, deve ser raspados e limpos uma vez por semana.

As solas e fendas da ranilha devem ser examinadas e todo o pé lavado com regularidade.

De olho na boca dos cavalos

Até em cavalo dado deve-se olhar os dentes!!!


A rotina no cuidado dos

dentes é essencial para

boa saúde, bem estar e

bom desempenho dos

cavalos.





O cavalo é um herbívoro nômade, tem seus dentes preparados para o pastoreio. Na natureza alimentava-se dos diversos tipos de forragens existentes em seu ambiente, assim causando um desgaste lento e mais homogêneo.

O homem alterou as dietas e padrões alimentares dos cavalos com a domesticação e confinamento, desta forma tornou os eqüinos mais suscetíveis aos problemas que se referem aos dentes e a mordedura.

São necessários exames periódicos que se inicia logo após o nascimento, a fim de identificar uma possível alteração congênita. Esse exame deve ser contínuo.

Logo após o nascimento o animal deve ser examinado , pois pode apresentar problemas, no palato (céu da boca), projeções e deformidades de maxila (onde se encere o grupo dos dentes superiores) e mandíbula (onde se encere o grupo dos dentes inferior) .

Até aos 5 anos são indicados exames semestrais pois não é raro encontrar casos de dentes decíduos persistentes ( dentes de leite que deveriam cair ) fragmentos que devem ser extraídos, caso esse problema não seja corrigido pode causar mal oclusão ( contato inadequado entre dentes inferiores e superiores) pela erupção desordenada dos dentes.

Em animais com idade superiores a 5 anos são comuns encontrarmos pontas e deformações nas arcadas proporcionando mal oclusão dos dentes molares (grupo de dentes posteriores ) e incisivos (grupo de dentes anteriores).

Na fase de doma e treinamento é essencial o exame dos dentes pois o conforto promovido pelo tratamento torna o trabalho do treinador e o aprendizado do cavalo mais fácil e menos estressante. Melhorando, por conseqüência, o resultado final.



É muito comum encontrar o “dente lobo” Este dente é vestigial é considerado o 1º pré-molar, não tem função na mastigação, mas pode ferir as bochechas, a língua, e/ou entrar em choque com o bridão, podendo ser extremamente desconfortável. A extração desse dente é parte da rotina do tratamento dentário. “ não confunda o dentes lobos com os caninos presente nos machos e em algumas fêmeas.

“ Desta forma podemos apontar a grande Importância do exame dos dentes do eqüino neonato ate o sênior”

Todos os cavalos devem ter seus dentes examinados no mínimo uma vez por ano, mesmo sem apresentar sintomas de problemas .


Quando o cavalo precisa de exame dos dentes?


Nos casos de:

• Perda de peso.

• Dificuldade de engordar.

• Incomodo com a embocadura,

• puxão nas rédeas

• abaixa e levanta a cabeça com freqüência durante a montaria .

• balança a cabeça de um lado para o outro

• relutância com agressividade

• Derrame de ração fora do cocho

• Lentidão na mastigação e deglutição.

• Deposição do alimento dentro da boca

• Dificuldade da apreensão do alimento

• Cólicas recorrentes

• Fibras de capim longas e grãos não quebrados nas fezes

• Descarga nasal

• Aumento de volume na cara

• Fistulas facial.

• Problemas considerados de temperamento ou doma

Cavalos que tem acompanhamento dos seus dentes periodicamente possuem melhor mastigação e digestão, apresentam uma considerável melhora no aproveitamento dos alimentos diminuindo o risco de cólica.

Percebesse conforto nas rédeas, regularidades de andamento e manobras.

A odontologia favorece melhoras notáveis nos animais, nos aspectos nutricionais e comportamentais , promovendo uma boa saúde e melhor desempenho dentro de suas atividades eqüestres. Sem contar o aumento da longevidade e vida útil.

Os exames e as correções dos dentes só devem ser feitos por um Médico Veterinário especializados ele saberá quais técnicas e equipamentos a serem utilizados, tipos de sedação e anestesia referente a cada caso em particular . Intervenções inadequadas poderão causar traumas e danos irreparáveis aos dentes, articulações e de todo conjunto relacionado a mastigação.

Mormo


MORMO


O Mormo ou lamparão, é uma doença infecto-contagiosa dos eqüídeos, causada pelo Burkholdelia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc. No Brasil, felizmente, embora tenham sido constatadas reações positivas, ainda não se comprovaram casos desta enfermidade.


Os animais contraem o mormo pelo contato com material infectante do doente:


pús;
secreção nasal
urina ou
fezes


O agente da doença penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea, sendo esta última só por alguma lesão. Quando penetra no organismo, em geral, o germe cai na circulação sangüínea e depois alcança os órgãos, principalmente os pulmões e o fígado.


O peíodo de incubação é de aproximadamente de 4 dias mas, pode variar bastante.


SINTOMAS - O mormo apresenta forma crônica ou aguda, esta mais freqüente nos asininos. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetido à prova de maleina sendo realizada e interpretada por Médico Veterinário. A mortalidade desta doença é muito alta.


A forma aguda é assim caracterizada:


febre de 42ºC, fraqueza e prostação;
aparecimento de pústulas na mucosa nasal que se trasnformam em úlceras profundas e dão origem a uma descarga purulenta, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta;
há entumecimento ganglionar, e o aparelho respiratório pode ser comprometido, surgindo dispnéia.
A forma crônica se localiza na:
pele;
fossas nasais;
laringe;
traquéia;
pulmões, porém de evolução mais lenta;
pode mostrar também localização cutânea semelhante à forma aguda, porém mais branda.


PROFILAXIA - Deve ser realizado as seguintes medidas:


notificação imediata à autorização sanitária competente;
isolamento da área onde foi observada a infecção;
isolamento dos animais suspeitos como resultado da prova de maleína e sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma prova repetida após dois meses;
cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com os mesmos;
desinfecção rigorosa dos alojamentos;
suspensão das medidas profiláticas somente três meses após o último caso constatado.


TRATAMENTO - Os produtos usados devem ser a base de sulfas, principalmente sulfadiazina e sulfatiazol ou sulfacnoxalina ou cloranfenicol e outros, em forma de grupos antibióticos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Criação e cuidados

Criação do cavalo atleta


Este artigo será publicado em três partes. A primeira aborda “Da cobertura ao parto”; a segunda,que será publicada na próxima edição, tratará “Do nascimento ao desmame”, terminando com “Do desmame à doma”

Parte 1: Da cobertura ao parto

Devido ao constante progresso das associações de criadores de cavalos e ao alto nível competitivo e comercial impostos, o cavalo tem se transformado num atleta, tendo seu desempenho exigido ao máximo. Face a esta realidade, fez-se necessário o desenvolvimento do profissional técnico na mesma proporção, apto a suprir as necessidades dos criadores e proprietários dos cavalos que participam de provas. Podem se incluir aqui a criação e reprodução eqüinas, sendo estas áreas de grande importância dentro de uma propriedade. Os resultados competitivos têm início onde a base dos atletas a serem criados deverá ser sólida.

Garanhão




A fim de facilitar o manejo durante a estação de monta, é necessário programar a utilização do garanhão quanto ao número de éguas a serem cobertas e o tipo de cobertura a ser realizada, ou seja, monta natural ou inseminação artificial, e nesta, sêmen fresco, resfriado ou congelado. Para que isto ocorra terão de se realizar exames físicos e andrológicos antes do início da temporada. Estes “exames de outono” são úteis para identificar a capacidade reprodutiva do animal, e assim selecionar o melhor método de cobertura a ser utilizado.

Em haras onde o manejo reprodutivo é intenso, esse exame poderá ser realizado mensalmente, com o objetivo de se estabelecer uma curva anual baseada na concentração espermática, propiciando assim excelente controle do sêmen e antecipando alterações bruscas na taxa de fertilidade.

Alguns cuidados no manejo deverão também ser tomados antes do início da atividade reprodutiva. Entre os mais importantes, se destacam a manutenção de um estado corporal atlético, pronto para coberturas diárias; evitar vacinas que possam causar febre, pois se refletirá negativamente durante a temporada e manter uma rotina diária durante a estação de monta, condicionando assim o animal e evitando qualquer tipo de estresse.

Quanto à alimentação, deve-se evitar mudanças na qualidade e quantidade da ração a ser ministrada. Poderão ser utilizados, nesse período, precursores de ácidos graxos (gorduras) polinsaturados para aumentar em até 1,5 a concentração espermática e a qualidade do sêmen congelado, prática que está sendo bastante difundida.

Éguas




O foco da reprodução está na taxa de concepção das reprodutoras. O resultado final da temporada de monta acontece sempre no ano seguinte, com o nascimento do potro. Essa sim é a real taxa de aproveitamento reprodutivo. No entanto, vários fatores influenciam nesse índice e o sucesso depende da perícia com que são manejados.

Entre os fatores que diretamente determinam a eficiência repro­dutiva das éguas, estão o estado corporal, tipo de alimentação, idade, condição reprodutiva (vazia, virgem ou parida), tipo de cobertura a ser empregada e a presença de infecções.

A reprodutora deverá estar saudável para a concepção, isto é, ter um estado corporal atlético compatível com a idade, alimentação balanceada, estar ciclando corretamente e possuir sanidade reprodutiva, ou seja, sem problemas físicos e infecciosos no trato reprodutivo.

Levando em consideração a cobertura, as afecções poderão ser divididas em: pré-cobertura (anestro, endometrite, cistos uterinos, falha em mostrar cio, problemas físicos) e pós-cobertura (endometrite – inflamação da mucosa uterina pós-cobertura, falha na ovulação, morte embrionária precoce, aborto e distocia – parto difícil).

Estes problemas poderão ser atenuados com o uso de algumas práticas como:

• exames ginecológicos realizados nas éguas vazias antes da temporada, detectando anormalidades e sua pronta resolução antes do inicio da estação;

• programas de luz artificial, inclusive para éguas em anestro pós-parto, ajudando na atividade ovariana;

• uso de rufião na propriedade;

• escolha correta das éguas que deverão ser cobertas no cio de potro, evitando assim contaminações uterinas;

• determinação do tipo de cobertura mais apropriado para as éguas problemáticas e idosas;

• manutenção de programa nutricional adequado para cada fase gestacional;

• acompanhamento veterinário mensal da égua prenha.

Todos estes fatores se aplicam também à prática da transferência de embriões, onde a sanidade, tanto da doadora, como da receptora, resulta em melhor qualidade e maiores taxas dos embriões coletados e sua conseqüente concepção.

Atualmente, a profilaxia é a prática de maior atenção nos eqüinos. Um programa de vacinação correto de um plantel vitará surtos infecciosos e conseqüentes abortos. O uso de imuno-estimulantes uterinos evita não só endometrites inconvenientes como também algumas placentites (infecção da placenta) e a vermifugação deverá ser levada em consideração, já que alguns parasitas passam da mãe para o produto.

O importante é estabelecer um ambiente saudável na propriedade, priorizando a convivência com a flora existente e não a sua modificação ou total degradação.

Outro fator que poderá levar a alterações no manejo da reprodutora é a determinação do sexo do feto, realizada entre 60 e 70 dias de gestação. Isso possibilitará aos criadores tomarem decisões em relação ao objetivo comercial da égua e do futuro produto, local de parto e escolha de garanhão.

Quanto ao parto, a égua deverá ser preparada um mês antes e ser planejado de que forma se dará, dentro ou fora da cocheira, com intervenção humana ou não. De qualquer forma, é importante que seja assistido, pois dessa maneira poderão ser evitadas várias complicações, como lacerações (rupturas) nas éguas e asfixia dos recém-nascidos, bem como evitar acidentes entre a nova unidade égua-potro.



















Conselhos do autor

1. Os garanhões devem estar em bom estado nutricional, prontos para a temporada. Caso isto não seja possível, é preferível que estejam um pouco acima do peso do que abaixo. O ideal seria trabalhar os animais antes da estação, para adquirirem bom condicionamento físico e boa libido.
2. Condicionar os garanhões previamente quanto ao tipo de cobertura, ou seja, monta natural ou coleta de sêmen e, essa última, em égua cavalete ou em manequim. Tentar não misturar as práticas durante a mesma temporada.
3. A quantidade de ração a ser fornecida às éguas prenhas não deverá ser diferente das demais até o último trimestre, onde então deverá ser aumentada a quantidade em até 1,4 vez. O consumo de água nesta altura também é importante e deverá ser oferecida à vontade, evitando assim problemas como desidratação e cólicas.
4. A parição não deixa de ser uma atividade atlética. Manter as éguas a campo é um bom exercício, pois permite liberdade de movimentos e melhor oxigenação tecidual.
5. Devido aos embriões eqüinos serem mais frágeis do que outras espécies, especialmente antes dos 30 dias de gestação, tentar evitar causas de estresse que levem a um desequilíbrio hormonal uterino com conseqüente morte embrionária.
6. A vacinação e vermifugação são práticas sanitárias seguras de serem utilizadas nas éguas prenhas sem problemas maiores.
7. Assistir aos partos auxiliará no reconhecimento precoce de futuros problemas com a égua e o potro, sendo fator determinante para a sobrevida de ambos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ferração

Ferração



Na rotina do tratamento do seu cavalo não deve esquecer-se dos cuidados a ter com os cascos, pois são essências para mantê-lo saudável. Desde os seus primeiros anos o cavalo deve ser inspeccionado por um ferrador de 6 em 6 semanas, mesmo que seja somente para aparar os cascos. Em caso de o animal precisar de usar ferraduras, para tornar o trabalho mais confortável, estas também deverão ser tiradas num período de 6 semanas para que os cascos sejam aparados.

O dono do cavalo deve limpar os cascos pelo menos um vez por dia e verifica-los assim como as ferraduras para, se necessário contactar o ferrador. Deve também saber retirar uma ferradura solta para agir em casos de emergência, deve fazê-lo do seguinte modo:



► Levantar o casco e, utilizando um saca-rebites, cortar as pontas dos cravos que estão dobradas para fora;

► Usar a turquês para separar a ferradura do casco, começando do talão (atrás) para a pinça (frente);

► Agarrar a ferradura a frente e arrancá-la com a turquês puxando para trás.



Métodos de Ferração:

O cavalo pode ser ferrado de dois modos: a frio ou a quente. Na ferração a frio a medida das ferraduras é a mesma da do casco, podendo o ferrador fazer alguns acertos na sus forma. Apesar destas ferraduras não ficarem tão perfeitas como as acertadas a quente, um cavalo bem ferrado a frio fica melhor servido do que um mal ferrado a quente. Na ferração a quente a ferradura, previamente aquecida é encostada ao casco; as desigualdades do corte do casco que necessitam ser corrigidas antes de colocada a ferradura são reveladas pela área chamuscada. Esta parte do casco pode ser queimada e pregada sem que o cavalo se magoe pois não possui nervos.




Tipos de Ferraduras:

O material geralmente utilizado nas ferraduras é o aço, no entanto podem ser feitas de outros matérias: de alumínio (usadas nos cavalos de corrida dado que são mais leves); de plástico aderente (para cavalos que não suportam os cravos). Existem também ferraduras ortopédicas ou cirúrgicas utilizadas em casos de laminite e de doença do navicular.

As ferraduras de metal são mantidas no lugar por placas triangulares – os arpões. Nas ferraduras das mãos é utilizado um único arpão no meio à frente; as dos pés têm dois nos quartos. Os arpões dos quartos evitam que a ferradura se desloque para os lados, permitindo que o ferrador corte mais o casco à frente e recue um pouco a ferradura no casco; isto evita que o cavalo bata com o pé na mão do mesmo lado.



Pitons ou Rompões:


Os pitons são colocados nas ferraduras para dar uma maior aderência. São enroscados em buracos que são feitos nos talões das ferraduras podendo ter várias formas: em bico para um piso duro e, para piso mole forma quadrada. Quando o cavalo não está a trabalhar, os pitons devem ser retirados e os orifícios devem ser preenchidos com um tampão próprio ou com algodão.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Reconheça um cavalo saudável



Um cavalo saudável é aquele cujas capacidades físicas naturais não se encontram diminuídas. No mundo selvagem, há uma distinção nítida entre animais saudáveis e doentes. Os saudáveis sobrevivem e os doentes morrem aos predadores ou às doenças. Em nossos cavalos domésticos, a distinção dos cavalos saudáveis para os doentes é menos clara. E os doentes podem viver devido aos cuidados dos veterinários.
Não podemos confundir saúde com forma física!

Começando pela alimentação: o cavalo não deve estar muito gordo e nem muito magro. Como nos humanos o alto teor de gordura pode levar a problemas de saúde. Também os cavalos velhos tendem a ser mais vulneráveis às doenças.

Nem todos os sintomas são devido à velhice!

Verificando os sinais de saúde:

Respiração

Em geral, o cavalo em descanso, respira entre 8 a 16 pôr minuto as respirações são contadas por cada movimento para dentro e para fora das costelas).

Temperatura

Um cavalo saudável tem a temperatura de 38,3 a 38,6 graus centígrados. Ao princípio, peça a um especialista que o ajude tirar a temperatura. (Oleie o termômetro com vaselina e, com o mercúrio para frente, insira-o no ânus. Segure o com força e depois de um minuto retire e leia a temperatura).
Pulso

O pulso normal de um cavalo é de 30 a 50 batidas por minuto. (É preciso prática para sentir. Coloque a ponta dos dedos na artéria que passa em cima da curvatura maxilar e conte os batimentos).
Orelhas
Para o cavalo, a audição é tão importante como a visão, portanto as orelhas atentas e de movimentos rápidos mostram o cavalo esperto, sendo assim, com saúde.

Olhos

Os olhos devem ser brilhantes e sem corrimentos. A membrana em volta do olho e no interior da pálpebra deve ter um tom "rosa-salmão."
Bocas e Narinas

A maioria dos cavalos tem hábitos alimentares fixos e não mudam de comportamento a não ser que haja algo de errado. Também não deve cair comida da boca quando estiverem comendo.
As narinas não podem estar muito abertas e com corrimentos quando o cavalo estiver em descanso .
Pele e Pelagem
A pele deve ser macia e fácil de mover.(Se pegar numa dobra de pele do pescoço puxar e largar, deve voltar imediatamente ao seu lugar e se não o fizer, o animal está provavelmente desidratado)
A pelagem deve ser suave e brilhante, não opaca, e sem perda de pelo, a não ser em época de muda.
Fezes

O estrume forma bolas que se quebram ao bater no chão, não podem ser muito secas e nem muito molhadas. Não devem conter massas fibrosas nem cereais inteiros. São produzidas regularmente de 6 a 10 vezes cada 24 horas.
A urina tem um cheiro forte e é amarela-escura e turva.
Cauda
A cauda deve ser brilhante e sempre ativa na remoção das moscas. Não deve estar apertada entre os membros, nem manchada pôr fezes e nem inclinada para um lado, porque pode indicar dores ou assaduras.