quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Classificação das Pelagens

Os trabalhos conhecidos que enfocam a questão das pelagens seguem habitualmente a classificação francesa que, em parte, também seguimos.

A pelagem é o conjunto de pêlos, de uma ou de diversas cores, espalhados pela superfície do corpo e extremidades, em distribuição e disposição variadas, cujo todo determina a cor do animal. Apesar de haver muitos matizes diferentes, todas as pelagens agrupam-se inicialmente em três modalidades ou categorias - simples, compostas e conjugadas ou justapostas, cada uma delas com suas divisões e, que no total, forma 76 pelagens diferentes.

SIMPLES
São as pelagens formadas por pêlos e crinas da mesma cor.













*obs: os gaúchos consideram o gateado como tipo e não como variedade do baio simples

COMPOSTAS
pelos bicolores misturados, com crina e cola diferentes.





































*Obs.: os gaúchos consideram o gateado como tipo e não como variedade do baio-cabos-negros. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos adota, para a resenha no registro genealógico, a pelagem gateada como tipo de pelagem com todas as suas nuanças, desde as mais claras até as mais escuras, visto tratar-se de uma característica racial importante, não só pela grande incidência nos rebanhos, mas também pela expressiva preferência entre os crioulistas.

JUSTAPOSTAS OU CONJUGADAS
Ma lhas e pintas de contorno irregular, mescladas com branco.




Doenças e Afecções - Polietrite dos Potros

Esta enfermidade atinge os eqüídeos, logo após o nascimento e é produzida por diversas espécies microbianas, que penetram pelo umbigo do recém-nascido. Depois de alcançar o sangue, a infecção é espalhada por todo o organismo e se localiza nas articulações e em outras partes.

SINTOMAS - Manifesta-se aos 8 - 15 dias do nascimento e, como a doença é causada por diversos microorganismos, seus sintomas são muito variados. É frequente:

  • febre alta,
  • tristeza,
  • fraqueza,
  • inflamação das articulações, principalmente dos jarretes, boletos e joelhos, combinadas ou não com inflamação do umbigo,
  • forte diarréia
  • o animal mancar ou ficar parado;
  • não mamar;
  • o umbigo pode soltar pús com cheiro repugnante.
  • O índice de morrtalidade é de 90% dos casos e os animais podem morrer de septicemia.
PROFILAXIA - para controlar esta infecção, a égua deve ser vacinada contra os germes mais freqüentes, nos últimos meses de gestação e os potros terão seus umbigos, logo após o nascimento, queimados com iôdo tão cedo quanto possível. As parições devem ser realizadas em piquetes especialmente reservados ou em cocheiras bem limpas e desinfetadas com cama sempre limpa.

TRATAMENTO - o tratamento deve ser feito a base de sulfas, principalmente sulfametazina e antibióticos de largo aspectro de ação.

Doenças e Afecções - Laminite

A laminite caracteriza-se por inflamação das lâminas sensíveis dos cascos. Pode ser aguda ou crônica e afetar um ou os quatro pés.

É possível o diagnostico através do histórico do caso, postura do animal, aumento da temperatura dos cascos, expressão de dor e ansiedade do animal. O Raio X pode ser usado nos casos crônicos.

  • As causas da laminite são: ingestão de água fria por animal recém-esquentado;
  • ingestão excessiva de grãos;
  • comoção durante o trabalho árduo e rápid, na preparação para corridas;
  • trabalho excessivo a animais destreinados;
  • toxemias como seqüela de metrites.
SINTOMAS - Ela pode ter apararição repentina trazendo sintomas locais e generalizados, tais como:

  • na laminite aguda, estes aparecem repentinamente;
  • elevação da temperatura, da respiração e do pulso;
  • espasmos crônicos e sudorese aumentada devido à forte dor;
  • oposição dos animal à movimentação;
  • temperatura elevada das extremidades afetadas;
  • os animais se apresentam nervosos e inquietos.
TRATAMENTO - Deve-se solicitar a intervenção do médico veterinário pois, seu diagnóstico deve ser imediato, para que que se evite a rotação do osso terceira falange em direção à sola do casco e o provável descolamento do casco das laminas

Doenças e Afecções - Encefalite Eqüina

Esta doença também é conhecida como falsa raiva, peste-de-cegar, doença de Aujesky. Ela é causada por vírus que atacam o sistema nervoso central dos eqüinos e causam pertubações diversas. O índice de mortalidade é de 60%.

A encefalite eqüina é uma virose aguda e grave que atinge, principalmente os rebanhos dos Estados Unidos da América e algumas regiões do norte da América do sul. Além dos eqüídeos, pode também atacar outros mamíferos como o homem, pássaros e répteis. Dentre os eqüídeos, os cavalos são os mais suscetíveis.

Nos animais doentes o vírus se encontra no sangue, vísceras e medula óssea. É transmitida por morcegos hematófagos, carrapatos e provavelmente mosquitos. Pode contagiar pelas fossas nasais e pelas vias digestivas.

Sua incidência é variável e ataca animais de todas as idades, principalmente potros. A encefalite eqüina é produzida por três tipos de vírus já diagnosticados: tipo Leste; tipo oeste; tipo Venezuelano. No Brasil foi isolado apenas o virus tipo Leste americano. Estes vírus são imunologicamente distintos, variando também sua virulência, ainda que seus sintomas sejam análogos.

SINTOMAS - no Brasil, especialistas que estudaram a enfermidade descrevem os sintomas que se seguem:

  • pertubações na locomoção - incoordenação motora, andar irregular e em círculo;
  • febre (no processo inicial de viremia);
  • hipersensibilidade ao ruído, tato e períodos de excitação com aparente cegueira;
  • sonolência, apatia, quedas freqüentes;
  • visão comprometida, daí o nome de "peste-de-cegar".
  • emagrecimento rápido;
  • pálpebras caídas
  • apátia e apoio da cabeça nos obstáculos, do que resulta o aparecimento de escoriações mais ou menos extensas;

Na última dase o animal deita-se em decúbito lateral completo e debate-se desordenadamente com os membros, perfurando o solo numa profundidade de 20 a 30 cm, em forma de segmento de círculo (movimento de pedalagem). Geralmente a duração da moléstia é de 2 a 7 dias.


  • PROFILAXIA - resume-se nas seguintes medidas:
  • combate aos mosquitos;
  • desinfecção dos alojamentos;
  • vacinação dos animais suscetíveis - Não se deve esquecer, porém, que as vacinas só protegem contra o tipo de vírus com que foram preparadas.
TRATAMENTO - Os animais doentes devem ser retirados do trabalho e colocados em local sossegado e escuro, mantidos sob boas condições higiêncas. O soro antiencefalomielítico, eficaz apenas no início da enfermidade, que deve ser aplicado por um médico veterinário.